Vivemos
hoje num mundo globalizado, ligado entre si por redes virtuais capazes de nos
pôr em contacto com os mais distantes pontos do planeta em fracções de segundo,
o que faz com que a dinâmica económica das regiões esteja relacionada com a sua
capacidade para se afirmarem a nível internacional, de forma a projectarem para
o exterior toda a potencialidade do seu tecido empresarial.
Hoje
em dia, os negócios fazem-se com uma velocidade estonteante e uma autarquia que
se queira afirmar precisa de criar a sua própria marca distintiva individual de
modo a ambicionar exportar essa marca, potenciando a sua acção pelo primar da
diferenciação, inovação e qualidade.
Internacionalização
significa apostar na excelência, conquistar nichos de mercado, ser a referência
que faça com que a origem seja reconhecida um factor de decisão à data da
aquisição de um bem ou serviço.
A autarquia deve dotar-se de um
conjunto de instrumentos e competências que permitam alavancar todo um processo
de tecnologias inovadoras de modo a aumentar a componente exportadora como fonte
de receita para os munícipes, tendo em mente que essa componente está
relacionada com a qualificação da mão-de-obra, com a componente de
investigação, a qual está dependente dum ensino superior ou técnico
diferenciado apostando nas qualidade, de modo a criar “clusters” específicos capazes
de colocar a autarquia no mapa, a uma escala europeia e global.
A autarquia deve fomentar e promover
a criação de novas empresas vocacionadas para a inovação, para a sustentabilidade
e para a produção de valor acrescentado, incentivando a modernização do sistema
produtivo com recurso a novos métodos de gestão, de promoção do produto e
aposta nas novas tecnologias, tendo em conta que o mercado actual já não se faz
porta a porta mas é cada vez mais um mercado global, de forte concorrência, mas
também cada vez mais próximo, graças às potencialidades da rede informática que
nos coloca instantaneamente em qualquer ponto do globo.
A câmara municipal deve estabelecer
um plano municipal que permita avaliar e dinamizar os pontos estratégicos
vocacionados para a internacionalização e exportação no sentido de descobrir os
sectores com esse potencial, disponibilizar informações, acrescentar
competências tendo em vista garantir a sustentabilidade do município e a
criação de emprego. A autarquia deve procurar conhecer os activos com potencial
inovador, de qualidade com meta na excelência, os quais possam ser a base para e
exportação e ainda apontar caminhos que os ajudem a percorrer esse trajecto, criar
instrumentos que agilizem o processo, replicar procedimentos de sucesso, contribuindo
para aumentar o número de empresas com capacidade para exportar os seus produtos
de modo a gerar mais-valias para o concelho.
Um plano deste tipo permite a fidelização das empresas localizadas no território,
promove a abertura de novos mercados e sectores económicos como fim de
conseguir a captação de investimentos.
Cidades
que possuem uma grande gama de empresas com potencial exportador e importador,
têm nesse caso a possibilidade de criar um mecanismo que permita angariar mais
receitas e visibilidade no exterior.
Uma ferramenta interessante e já
utilizada noutros municípios é a criação de Lojas de Exportação e a criação de
Feiras Tecnológicas, onde os eventuais interessados possam tomar contacto de
proximidade com os “ex-libris” locais a nível do tecido empresarial.
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